Diante de uma transformação global, gestores, líderes e empresários pensam cada vez mais como será o futuro das nossas relações. No artigo do Apolitical, escrito por Wietse Van Ransbeeck, CEO e cofundador da plataforma interativa CitizenLab, levantou questões importantes para este debate que se torna cada vez mais urgente de ser articulado.
“No ano passado, os governos locais se viram enfrentando um novo obstáculo em meio a uma pandemia global. As ferramentas online tornaram-se canais vitais para manter um diálogo aberto com os residentes, entender as necessidades únicas e mutáveis de sua comunidade para seguir em frente com os projetos locais existentes”, comenta Ransbeeck.
Agora que a interação durante a quarentena, por conta da COVID, está ainda mais presente nos ambientes digitais para realizar reuniões, encontros, assembléias e discussões, como que os gestores irão se comportar quando as portas da prefeitura voltarem a se abrir?
A pergunta traz uma carga emocional – e comportamental – da pandemia que irá mudar para sempre as relações dentro dos espaços públicos, serviços governamentais e a orientação em relação às comunidades e bairros de uma cidade.
“Os membros da comunidade não estão apenas curiosos sobre as decisões tomadas sobre suas ruas, clima, orçamentos públicos, espaços verdes, escolas e muito mais – eles têm um pulso direto sobre o que é mais necessário e importante para os governos locais gastarem tempo e recursos para melhorar”. explica o CEO.
Para Ransbeeck, oferecer à comunidade opções de engajamento digital significa que os gestores serão capazes de alcançar um público mais amplo, reinvestir os custos do evento na comunidade e levar projetos adiante com mais eficiência. A própria ferramenta que ele assume a liderança é uma alternativa de engajar o cidadão, nela os governos locais – de diferentes partes do mundo – podem organizar conexões e envolver a todos nas tomadas de decisões, tornando assim uma ferramenta para ser utilizada de forma híbrida.
Tudo a ver com o Colab, né?!
No artigo ele trouxe dois exemplos de fora do país que se tornaram um ‘case de sucesso’ durante a pandemia, que comprovam como a interação com o cidadão por meio de uma plataforma pode continuar funcionando de forma híbrida, utilizando ferramentas online e offline, para engajar a comunidade.
A primeira delas é a cidade de Lancaster, nos Estados Unidos, que conseguiu aumentar a participação em projetos locais 13 vezes mais, oferecendo aos seus cidadãos maneiras híbridas de participar da democracia local através da plataforma Engage Lancaster.
Na Europa, a cidade holandesa Almere tomou a decisão de adicionar elementos online aos seus projetos de participação presencial para atingir os idosos. Mas como pessoas mais velhas, que muitas vezes têm dificuldade de acessar a tecnologia, conseguiriam interagir? Bem, eles construíram uma plataforma de pesquisas e workshops e lançaram redes de apoio para suas famílias auxiliarem na integração desse modelo digital.
“Os resultados são claros: as pessoas estão prontas e ansiosas para se engajar em uma democracia participativa moderna. E os governos locais têm a oportunidade de repensar como eles envolvem os membros da comunidade, tanto online quanto offline.”