Em primeiro lugar, eu gostaria de ressaltar uma coisa que você já deve ter notado: eu sou uma mulher branca.
Em momento algum quero tirar o lugar de fala de pessoas negras, mas ver que determinadas injustiças se repetem constantemente em pleno século XXI me impede de ficar calada e não lutar contra isso.
A morte de João Pedro, 14 anos, dentro de casa é uma dessas injustiças. A morte de George Floyd, 46 anos, em uma abordagem policial é outra injustiça. No Brasil, o país em que mais pessoas morrem assassinadas, o fato de 77% dos jovens assassinados serem negros é a maior dessas injustiças e a prova de que estamos falhando como sociedade.
Cada vida negra que se perde, graças ao racismo que naturalizamos, é uma injustiça que nunca conseguiremos reparar.
Por este motivo eu tomei a liberdade de escrever, porque é meu dever lutar contra isso. E para lutar, precisamos falar e combater o racismo estrutural.
Mas para falarmos sobre racismo estrutural, precisamos primeiro definir o que é racismo.