Assine nossa
newsletter

O que é o Teorema do Eleitor Mediano?

30.11.2023
Autor: Colab
cidadao

O teorema do eleitor mediano é a representação de como dois atores podem aumentar suas chances de sucesso numa eleição dado a distribuição uniforme das preferências de uma população sobre um tema, como direita ou esquerda. 

Para ficar mais fácil de entender, abordaremos um exemplo na sequência: se a população de 101 habitantes de determinado país possui preferências sobre a taxa de juros que variam de 0 a 100%, distribuídas uniformemente, como dois candidatos a presidente poderiam definir um valor para a taxa de juros em sua proposta de governo que seja capaz de maximizar o seu número de votos?

De forma simplificada, consideramos que os eleitores avaliam as propostas e votam no candidato que estiver mais próximo de sua própria preferência. 

Segundo o teorema do eleitor mediano, ambos candidatos devem anunciar suas políticas no mediano da distribuição, isto é, sugerindo uma taxa de juros de 50% e, assim, atraindo o eleitorado em duas partes iguais. 

A partir disso, não há nenhuma outra opção que proporcione aos candidatos ganhar mais votos na disputa, pois 50% é um ponto de equilíbrio do jogo. Por exemplo, caso o candidato X altere a taxa de 50% para 51%, ele irá perder um voto para o candidato Y e vice-versa.

No ponto de equilíbrio, a incerteza é máxima. Neste sentido, é como se o resultado da eleição se desse aleatoriamente, como num cara ou coroa.

Durante muito tempo, o teorema do eleitor mediano foi usado para explicar porque partidos distintos, como os Democratas e os Republicanos nos Estados Unidos, aplicavam políticas muito semelhantes em termos de economia e finanças quando estavam no governo. 

No Brasil, o teorema do eleitor mediano orienta as pesquisas de opinião, onde busca-se saber quais são os principais pontos que preocupam o eleitorado. 

Em 2010, por exemplo, a questão da descriminalização do aborto foi crucial para o debate político em torno dos candidatos. Tanto Dilma Rousseff, quanto José Serra, se declararam contra a legalização, embora pessoalmente tivessem expressado opiniões divergentes. 

Quando as preferências do eleitor mediano são conhecidas, é difícil escapar de seu campo gravitacional no campo das ideias e práticas públicas. Do ponto de vista do eleitorado,a mobilização pública, o ativismo e o engajamento político podem compensar. 

Agora que você já sabe o que é o teorema do eleitor, continue no blog do Colab e saiba mais sobre cidades e governos!

Autor: Colab

Aprenda a digitalizar serviços públicos com nosso curso gratuito exclusivo. Transforme a experiência do cidadão e aumente a eficiência da sua prefeitura.


Inscreva-se!

Colab na Mídia

16.12.2024

Como o Colab está simplificando a pré-matrícula e transferências escolares

11.12.2024

Confira tudo o que aconteceu no Colab Gov Summit 2024

29.11.2024

Transformando Governos: Inovação Começa com Simplicidade e Empatia

08.11.2024

Consulta Pública Urbana: Parceria entre o Colab e o CAU/BR para Cidades mais Sustentáveis

24.10.2024

Dia das Nações Unidas

18.10.2024

Processos Participativos: Como o Colab pode ajudar a sua gestão!

09.10.2024

Como o blockchain garante segurança e transparência nos Processos Participativos?

25.09.2024

Teleconsulta: Como o Colab está facilitando o acesso à saúde para todos

24.09.2024

Workflow Builder: Ferramenta de impacto na digitização de serviços públicos

24.09.2024

Orçamento Participativo Digital: Ferramentas de impacto e participação social

23.09.2024

Como as redes sociais influenciam a formação de opinião nas eleições

18.09.2024

A Evolução da Participação Cidadã: Da Ágora Grega às Praças Digitais

22.08.2024

A força da juventude na política